terça-feira, 29 de novembro de 2016

ODU LONI RE30.11.16







ODU LONI RE: 30.11.16.
Agbarare Okorin – Poder Feminino do Universo.
ORISA: OSUM IYEPONDA
JUGBA: MOJUGBA OSUM IYEPONDA (Minha saudação à Deusa do saber do elemento da natureza ÁGUA.
Soro (Falando):
ODU: OGUNDA ETAWALAFIA RERE, OSA ETAWA LOKARA = A Guerra é boa, quando desmancha a maldade.
Tendência do dia: Provocações para brigas.

Recomendação: Ignorar provocações.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

ODU LONI RE: 29.11.16



ODU LONI RE: 29.11.16 – (Signo do Dia)
Agbarare Okorin – Poder Masculino do Universo.
ORISA: OSOSI ODE IGBO
JUGBA: MOJUGBA OSOSI, ODE IGBO, OKE ARO! (Minha saudação ao Deus do saber dos provimentos que fazem a manutenção da vida no Universo.
Soro (Falando):

ODU: IROSUN EJILA RERE, OGBARA EJILA RERE = Sonhar é muito bom para a saúde mental e corporal.
Tendência hoje: Ao sonho e a baixa produtividade. 

JOÃOMENDONÇA POÉTICA281116





Se eu pudesse chorar sem sofrer choraria apenas para você ver como ficam bonitos meus olhos. Mas eu sofro e sem querer sorrio para que não notes o outro lado do que sinto. E tudo que peço é que me olhes de novo com o teu olhar pleno de linda curiosidade.
Vou de sorriso aberto tentando abrir passagem no grande vão que separa meu coração do seu. Os espaços nunca se fecham entre nós e o submundo tão perfeito que poderíamos juntos estar vivendo esconde no seu próprio esplendor nossa tão completa desarmonia.
Sei que tudo vai dar errado e o que somente faço é elaborar estratégias fúteis que nunca vão tocar na ponta que te despertaria para a liberdade. E mesmo assim aposto no palpite que num dia qualquer você chegue bem perto ao âmago de minha total tolice.

ODU LONI RE281116


M



sábado, 26 de novembro de 2016

JOÃOMENDONÇA POÉTICA 271116


Uma sombra está ao meu lado. Implacável. 
Às vezes finjo que não vejo e quando fecho os olhos ela alerta a consciência. 
Andando pela casa ela me acompanha e pacientemente espera eu notá-la.
Nunca me liberto por completo de sua presença porque ela simplesmente é tudo o que escondo de mim. 
Não tenho medo nem coragem de encará-la. 
Sou eu sempre acompanhado de mim.
Brinco tentando fazê-la sorrir e ela retribui quase agradecendo a gentileza. 
Tudo em ordem. 
Até o fundo de mim emanar as lacunas incompletas, desenho exato de minha mancha negra na parede.

                               OSÀÁIYN EWE ATA

OGBE OGUN ODU LONI RE: 27.11.16 – (Signo do Dia)
Agbarare Meji – Poder Bigênero do Universo.
ORISA: OSAIYN
JUGBA: MOJUGBA OSAIYN EWE ATA! (Minha saudação ao Deus do saber da vegetação urticante (Pimentas, urtigas, etc). 
Soro (Falando):
ODU: OKÀÁRÀÁ EJILA RERE, OWORIN ETAWAMEJILA RERE = Ter amor no coração é como ter dinheiro no bolso.

Tendência do dia: Situações constrangedoras inesperadas. 

ODU LONI RE 271116



quarta-feira, 23 de novembro de 2016

BABALORIXA ODETOKAN T'ODE - O FOFOQUEIRO 23.11.16



                                          ODY EJO
Babalorixa Odetokan T'Ode
A pior pessoa dentro do Candomblé é o fofoqueiro. Tal como o câncer, ele chega de forma silenciosa, sem ser notado e nem percebido, porém, quando nos damos conta, o fofoqueiro já fez seus estragos, muitas vezes irreversíveis. Infelizmente, esta praga se prolifera rápido e está em todas as casas, todos com características muito semelhantes: são pessoas infelizes, de pouco ou nenhum sucesso na vida, colecionam fracassos, vivem de aparências e ilusões e, geralmente, escolhem como vítimas aqueles que invejam, que gostariam de ser, mas que suas incapacidades ou limitações não permitem. Os fofoqueiros são pessoas do mal fantasiadas de anjos que se alimentam da maldade humana para cometerem suas injustiças. O único e eficaz repelente contra o fofoqueiro é o desprezo. Porém, infelizmente, poucas pessoas sabem usar este repelente com eficiência dentro das casas de Candomblé, o que favorece a proliferarão desta praga chamada fofoqueiro!

MARCOS ARAUJO ORIKI XANGO 231116





                                                                 XANGO POÉTICA
Pai Ṣàngó
Peço-te a coragem daqueles que avançam sem hesitar, que não se abalam com os entraves da vida, peço a tua coragem Grande rei de Òyó...
Ajuda-me a ser objetivo, a guiar-me em equilíbrio sem desânimo, sem descanso até alcançar meus sonhos...
Grande leão da justiça
Dai-me forças pra ser tolerante e justo, dai-me forças para ser perseverante não importam que obstáculos surjam...
Ajuda-me a entender os meus caminhos, a ponderar e a ser forte como vós...
Grande leão da justiça que com sua benevolência eu
Siga agora sentindo sua coragem e renovação, sou grato por isso e sei que comigo estarás a cada passo nesse mundo!
Honrado Seja Ṣàngó...
Venerado Seja Ṣàngó...
Saudado Seja Ṣàngó...
hoje e sempre!
Asé...Asé...Asé...
"Agbá Kogwá Lesse Orisa..
Ficarei velho aos pés do Orixa"
Ogó Odò Kabọ Kabiyesi!
Ṣàngó Kabọ Kabiyesi!
Ogó Odò Kabọ Kabiyesi!
Ao meu pai Bira de Sango
meus respeito sempre e sua bênção...!

terça-feira, 22 de novembro de 2016

BABALORIXA ODETOKAN T'ODE 23.11.16


CADÊ O MOKAN?
Está cada vez mais raro ver yaôs de mokan nas casas de Candomblé. Não sei se por vergonha de demonstrar publicamente sua condição de yaô ou por falta de conhecimento da funcionalidade do objeto sagrado, o certo é que está se tornando cada vez mais raro o seu uso. Fazer a pessoa perder a vergonha da sua condição de noviço a gente não pode, pois, isto cabe ao seu zelador, mas podemos aqui explicar a função sagrada do mokan. Quem sabe assim, entendendo sua funcionalidade, os noviços trocam suas vaidades pela proteção?
À priori, podemos dizer que o Mòkán é uma proteção do Òrí e do Umbigo. Por isso ele vai invariavelmente do pescoço (do fim da cabeça) até o umbigo. Estes são os símbolos de nossa vida espiritual. Òrí é o receptáculo de nosso Orixá e o Umbigo o símbolo de nosso nascimento para a vida Espiritual enquanto Povos de Terreiro. O mokan protege o yao das energias negativas, principalmente aquelas oriundas dos Eguns, as quais habitualmente são captadas involuntariamente pelo noviço através do seu Ori e do seu umbigo. O mokan deve ser tratado pelo Yao como uma jóia e acompanha-lo até sua obrigação de sete anos, quando então seu Ori e seu corpo terão criado proteção natural contra os efeitos negativos à sua paz espiritual, os quais eram anteriormente protegidos e evitados através do mokan. A benção aos meus mais velhos e aos meus mais novos!

sábado, 19 de novembro de 2016

JULIO BRAGA POÉTICA 19.11.16





                                                                   EXU EMOÇÃO

Vejo o passado qual refluxo do tempo que sobrou na caldeira do diabo do lixo recolhido da podridão da cidade. 
Fruto do que foi desperdiçado da mesa farta da burguesia na proporção real do que foi subtraído da mesa dos pobres coitados que vivem do serão da noite sem perspectiva de novo dia. 
Eu sou esta agonia; nada mais além de resíduos da compostagem. 
Eu sou o que restou de mim de toda maneira reciclado. 
De qualquer jeito, sirvo para adubar a terra, fazer crescer o trigo e, com ele, fazer brotar a flor do Amor Perfeito.

JOÃOMENDONÇA POÉTICA 19.11.16






                                                         EXÚ EMOÇÃO DA VIDA


Continua com a mesma dor do menino que era. Os anos passam, frustrações e vitórias acumulam-se nas costas e a mesma dor do menino permanece. Nem sabe mais como surgiu a dor, se foi muito forte, se impediu o livre sorriso, se fez evitar sonhos possíveis ou se a dor surgiu junto aos desejos proibidos.
Pessoas andam para o norte e para o sul na passarela elevada, todas unidas na busca de respostas que não possuem perguntas. Olham-se ao mesmo instante enxergando claramente o que os olhos dos outros nunca disseram. Esforçam-se assim para em cada passo construir o próprio caminho da salvação.
E todos os atalhos são usados para evitar o contato com o que não se conhece. É a substituição do toque no novo pela certeza de mais um dia previsível. É o controle sobre o relógio em oposição à liberdade de sentir o tempo. Os mesmos caminhos vendo as montanhas que jamais serão exploradas.


ODU L’OSE RE (Previsão para a semana: 20. a 26 de NOVEMBRO de 2016):








                                                        OGUN WARY DINÂMICA

ODU L’OSE RE (Previsão para a semana: 20. a 26 de NOVEMBRO de 2016):

AGBARARE OKORIN Orun – Poder Masculino do Universo.
OGUN WARY (O Deus do saber da Guerra pela Sobrevivência no Universo Marítimo).
 SORO(falando):
OWORIN ETAWAMEJILA RERE, OGBE ETAWA OKARA = (Dinheiro pouco é sinal de empobrecimento).

JUGBA (Saudação): MOJUGBA OGUN WARY (Minha saudação ao Deus do saber da Guerra pela Sobrevivência no Universo Marítimo). 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

IYA EFUN LADE JIKU - JIKU 171116




                                                                IKU EXPRESSÃO
Iya Efun Lade Jiku
5 h
Talvez "você" não saiba a preciosidade de um Jiku, e da história Jiku Jiku ...
Mas podemos te explicar a origem, porque além de tradicionais a nossa EGBE é preparada para educar, ensinar e aprender!
*O PORQUE DO NOME ILÊ ASÉ JIKU JIKU*
PEQUENA HISTORIA DO ILE ASÉ JIKU JIKU
Nos anos oitenta estava eu correndo com o 4° OrisaWorld em São Paulo. Uma semana antes do evento chega a delegação da Nigéria com meu presidente Wande Abimbola a frente, com ele vieram Omotosó Eluiymi, Baio Akambi, Ojo Ade e Ifa Bola. Infelizmente do grupo só eu e Abimbola estamos vivos para contar essa historia. Abimbola veio me visitar uns dias antes do evento junto com Ifa Bola e em casa estava uma grande amiga Cléo de Oya, que por acaso era eximia tradutora. Ficamos a vontade com nossas conversas sobre Nigéria e Brasil as dificuldades do momento até a hora do almoço.
A tarde Abimbola sugeriu que Ifa Bola fizesse um jogo pra mim e ver se tudo iria correr bem durante o Congresso. Fomos então para o barracão onde Ifa Bola tirou de seu Apo a parafernália do jogo (Ikin Ifa). Sentado em uma esteira começou as orações que culminariam com o jogo propriamente dito. Depois de cuidadosa verificação através dos artefatos do jogo vem a revelação e o mito.
A REVELAÇÃO DE IFA
Em um lugarejo nos confins da terra Yoruba vivia uma pessoa muito bondosa e querida por sua comunidade, sendo muito respeitado por todos era consultado sempre que surgia algum problema devido a sua longa experiência de vida e a devoção aos Orisa e aos ancestrais.
Um dia sua rotina foi quebrada pela noticia do falecimento de um amigo querido. Muito triste dirigiu-se a casa do falecido visando prestar-lhe as ultimas homenagens e ajudar no que fosse necessário, haja visto que a cerimônia fúnebre tradicional yoruba (Asese) é longa e dispendiosa. Ao chegar a casa do falecido foi imediatamente ver seu ex amigo, cujo corpo já estava devidamente preparado na sala da casa, aproximou-se do corpo e após alguns minutos de reflexão estendeu a mão e pegou na mão do (de cujus). Falou o quanto sentia sua morte e num determinado momento falou em voz alta:
-“ Meu amigo, não te quero assim deitado e frio, volte, levanta e venha, vamos sair de novo, ver a vida”.
Nesse momento o (de cujus) estremece abre os olhos e volta a vida, levanta-se e ambos saem da sala abraçados e alegres indo para fora. As pessoas que presenciaram a cena ficaram mudas e após alguns minutos começaram a gritar alegres. Ele voltou da morte graças ao velho amigo, graças a Jiku que veio visitar e dar a vida de volta a ele. Desse dia em diante o velho ancião passou a ser chamado de Jiku (acorda a morte) e assim sempre que alguém morria la ia Jiku acordar a pessoa, o que efetivamente acontecia.
Jiku não tinha mais tempo para nada em sua vida, vivia indo de um morto a outro, acordando todos e por isso seu velho corpo também não agüentou e um dia a noticia correu pela cidade. Jiku morreu. Estava ele na casa de um ex falecido quando a Iku o pegou desprevenido, a noticia espalhou-se imediatamente, ninguém acreditava, seu corpo deveria ser levado para sua casa imediatamente e assim foi colocado em uma rede e os amigos o levavam pelo caminho quando avistou-se outro grupo de pessoas carregando uma rede que vinha em sentido contrario, ao se aproximarem ficaram sabendo que na outra rede tinha um defunto que seria levado até Jiku para que o acorda-se. E agora?
Jiku também estava morto não poderia fazer mais nada. Estabeleceu-se uma discussão entre os dois grupos e ai aconteceu de novo, Jiku tremeu em sua rede, levantou-se foi até o outro defunto , pegou em sua mão levantando-o dando-lhe a vida de volta. Voltou a sua rede e morreu de novo. Isso aconteceu diversas vezes no percurso do corpo de Jiku até sua casa e um pouco antes de chegarem, Jiku cansado de tanto morrer resolveu não morrer mais, revivendo sempre que alguém precisasse dele. E daí em diante ficou conhecido por JIKU JIKU (aquele que sempre volta da morte).
Nunca imaginaria o quanto as palavras de Ifa Bola seriam importantes na minha vida, OLORUN KOSI PURE.
Partindo deste episódio nunca pensaria que morreria tantas vezes. Efetivamente morri duas vezes e voltando da morte , me vi cercado por outros amigos que me convencem de uma nova vida, e que meu legado fosse disseminando mesmo quando aqui eu não mais estiver. Ai surge o Ilê Asé Jiku Jiku , com a finalidade de reunir novas cabeças pensantes, para que também se tornem Jiku.

BABALORISA ODETOKAN T'ODE: REFLEXÃO DE ASE 171116



                                                    REFLEXÃO RELIGIOSIDADE

 parar com esta idéia fixa de que é preciso fazer Santo para a vida mudar. Se isto fosse verdade, ninguém no Candomblé estaria desempregado, doente, sem dinheiro e até mesmo sem a pessoa amada. E, infelizmente, muitos estão. Aliás, muitos até ficam assim logo após fazerem Santo. E não tem nada de errado nisto. A vida é assim mesmo, ganha- se e perde-se todos os dias. É inevitável e acontece com todo mundo, independente de ser feito ou não! O que a energia do Orixá nos propicia é uma força extra na luta por nossas conquistas e o sarar mais rápido da dor de nossas derrotas. Religião nenhuma transforma, elas apenas estimulam o desejo de mudanca que está dentro de cada um de nós. Você é que é o verdadeiro agente transformador de mudanças da sua vida. Nada cai do céu. Temos que parar com esta mania de achar que tudo é milagre divino ou ficar o tempo todo esperando que ele aconteça em nossas vidas. Como disse o poeta, "quem sabe faz a hora, não espera acontecer!" Então corra atrás dos seus sonhos e transforme-os em realidade. Só você pode fazer isto, mais ninguém. Milagres existem, mas são mais difíceis do que ganhar sozinho na mega-sena.

JOÃOMENDONÇA POÉTICA 17.11.16



                                           EXPRESSIVIDADE O PRETO E O BRANCO

É bom fugir das contradições que eliminam dúvidas. O preto e o branco nunca se entenderam direito, no entanto, convivem pacificamente em diferentes cidades do mundo inteiro. O mal e o bem nunca foram muito amigos e ao mesmo tempo dependem um do outro para se tornarem o máximo que podem um dia ser.
O amor e o ódio são um caso à parte porque o ódio não existe e o amor se manifesta sem opostos para quando acabar declinar no mais profundo esquecimento. É o caso também do fraco que vence o forte porque a força aparece no âmago dos legítimos desesperados. E tem o ar que surge quando o fôlego é o único impulso que há.
Se vai assim construindo caminhos com direções específicas que guiam montanhas e montinhos a lugar nenhum. E lá no escuro do ponto final está o sol iluminando tudo com sua luz natural, até o lado da pequenina lua. Que brilha somente por ser capaz de refletir sem querer o brilho que nunca foi nem nunca será inteiramente seu.


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

JOÃOMENDONÇA POÉTICA 171116





                                                   EXPRESSIVO DA ESCURIDÃO

Será que existem bolas de gude no céu? 
Se não houver, como se vai brincar? 
Não será com as estrelas porque todas elas gostam apenas de brincar de brilhar forte e desaparecer secretamente na escuridão.
Nem com os anjos se vai poder brincar, todos extremamente ocupados em preparar armadilhas fatais para os mortais. 
Certamente não se terá a chance de saciar no céu o que não foi saciado na Terra.
Deus pode ajudar se Ele tiver tempo de prestar atenção aos que chegam sem saber o que de verdade viveram. 
Talvez seja melhor preparar óculos potentes e revisar toda a seriedade da vida já vivida.

JOÃOMENDONÇA POÉTICA 16.11.16






                                                           EXPRESSIVIDADE IKU

Antes de reclamar da vida talvez seja melhor não despertar para o dia que nasce. Uma luz no alto do teto pode estar desligada e o sol é a única luz permanentemente ativa. Levantar sem qualquer objetivo chato é viver de verdade.
Os homens andam de um lado para o outro sem perceber a real dimensão da tragédia que participam. Se a chuva é um problema, eles não aproveitam a chuva que cai e tampouco montam no cavalo doido e fogem. Ainda há tempo.
O vento da liberdade é inexaurível e mesmo que os olhos se fechem no tempo da escuridão, o vento bate no peito e o abre, remexendo o coração, libertando os pensamentos, estirando os músculos e desamarrando o cinto duro que prende o prazer.
Os dias correm rápidos, a idade aumenta exponencialmente, os cabelos lutam para não cair, as águas do rio se misturam cada vez menos com as águas do mar e o verdadeiro amor espera, espera, espera, mas a morte não.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

JOÃOMENDONÇA POÉTICA141116





                                                     EXPRESSIVIDADE DO VAZIO

As portas dos lugares mais bonitos estão abertas. As pessoas sabem disso e, sem motivo, fingem não saberem. São lugares diferentes entre si e que mantém em comum a atmosfera mágica que as definem. Quem vive nesses lugares tem enorme prazer em pisar no seu solo e cuida delas com o mesmo cuidado que cuida da própria casa.
Seus moradores também evitam popularizá-los por medo que a paz se interrompa com a chegada de novos moradores alheios ao espírito local. Assim, as cachoeiras geladas, as montanhas bonitas, as serras descampadas, as praias desertas e lugares com ótimos climas frios tornam-se apenas uma opção de férias para a maioria das pessoas.
Nas grandes cidades as pessoas lutam por um pouco de paz e tranquilidade. Lutam pelo mínimo de silêncio e ordem, descartando de imediato que existe uma possiblidade, mesmo que remota, de transformar as cidades num lugar mágico também. Mas é mais provável que isso nunca aconteça porque cidade grande, por definição, é guerra, contínua e ininterrupta, onde não há chance alguma de surgimento de uma nova realidade.

sábado, 12 de novembro de 2016

JULIO BRAGA POÉTICA 121116




                                                           EXPRESSIVIDADE OYA


Não precisa de espaço sideral. 
Apenas cantinho pra viver? 
Não necessita de luar, dele apenas uma fresta. 
Basta o que lhe basta, para cantar saudade em festa. 
Não precisa de ilha inteira, nem da Velha Boipeba, apenas de quem gostar dela. 
E nem sabe disso a donzela. 
Ah! se pudesse dizer o quanto a desejo. 
Não lhe daria nada que não quisesse. 
Mas se desejasse faria tudo o que eu pudesse, agora vejo. 
Daria nó em éter, carregaria água no cesto, mataria gato no grito, desceria na requenguela, Para tê-la comigo tudo isto faria e mais houvera.

OGBE OGUN ODU L'OSE RE 13.11 - 19.11.16 (previsão p/a semana.


OGBE OGUN ODU L’OSE RE – 13.11 – 19.11.16 (PREVISÃO PARA A SEMANA)


                                      
                                                          ODUDUWA

AGBARARE MEJI Aiye/Orun – Poder Bigênero do Universo.
OSALUFÀÁ ODUDUWA (A Deusa do saber do Princípio Feminino)
 SORO(falando):
ODU L’OSE RE (Previsão para a semana: 13. a 19.11.16):
OGBARA MEJILA RERE, OTURA MEJILA RERE = (Para ter corpo saudável há de se ter bons hábitos).
JUGBA (Saudação): MOJUGBA OSALUFÀÁ ODUDUWA (A Deusa do saber do Princípio Feminino) EZO, ISEWE, EPA EPA GBAGBA!

     ITÀÁ: “QUER VIVER MUITO, TOME OSALA COMO EXEMPLO”          
          Na antiga localidade chamada popularmente de “PELA PORCO” em virtude de antigo abatedouro de porcos na região, isto no bairro do KALABETÃO, periferia de Salvador, Bahia, havia uma mulher chamada OMINIRE (Águas da alegria), obviamente era filha do ORISA OSUM, iniciada em um candomblé da região que cultuava OSALA. O pai de santo da Casa era “Seu Zé Grande” OLUFÀÁDURE, famoso jogador de búzios.
     OMINIRE, que era muito bonita e vaidosa, achando-se gorda e envelhecida, foi pedir conselhos ao seu pai de santo OLUFÀÁDURE, que de imediato jogou os búzios para saber o que diria o ORISA sobre a questão.
     Respondeu OSALUFÀÁ ODUDUWA (Saber do princípio feminino do Universo do Aiye e do Orum), apresentando o ODU:  OGBARA MEJILA RERE, OTURA MEJILA RERE = (Para ter corpo saudável há de se ter bons hábitos).
     Disse ainda que, bons hábitos é para a vida inteira, que moderação em tudo significa vida longa, que o exemplo está no próprio OSALUFÀÁ, tão moderado em tudo e ao mesmo tempo, símbolo da vida longa e saudável.
     OMINIRE agradeceu e prometeu seguir a recomendação de ODUDUWA.


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

JOÃOMENDONÇA POÉTICA 111116







                                                      EXPRESSIVIDADE POÉTICA
Ah, os limites! Quem são vocês? Tenho medo não. Vou seguindo até a entrada escura do depósito sujo pegar mais cervejas. Vou pra Turquia explicar aos turcos que o mundo começa onde o deles termina. Vou ouvir no rádio um cantor chamado Nelson do Brega e ansioso esperar pelo seu show na minha cidadezinha de 25 mil habitantes.
Nada pode impedir a liberdade de se imaginar a poesia impossível. Existe uma poesia impossível de se fazer. É aquela que tenta descrever o estado de felicidade específico. Que pretende explicitar a felicidade particular de uma pessoa que raramente foi tão feliz. Não existe poesia para algo tão grande. O poeta não beija essas palavras.
A vida é programada para ser aquilo que imaginamos que ela será. Por que cai um poste bem instalado? Por que o que há de melhor é dado pra menina dos lindos olhos negros e nada a anima? Apostamos nas relações duradoras e um dos parceiros desiste porque o guarda-chuva não abriu e um banho de chuva acidental mudou sua vida.
Ah Jesus, não volte não! Deixe a gente descobrir os acertos errando. Mas, por favor, também conceda a chance da virada triunfal no último minuto de jogo... Desisto. Desisto de ter medo da morte porque eu sonho e o sonho é uma pequena dália que cresce, fica bonita, e só ela mesma nota sua vasta beleza.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016







JOÃOMENDONÇA POÉTICA 101116



                                                       
                                                         EXPRESSÃO POÉTICA

Desconheço a magia dos campos abertos. Sim, vou sempre lá munido de esperança e vontade de sentar nos bancos azuis. Geralmente encontro a mulher livre e ela nunca olha para mim porque não consegue ver meus olhos através dos óculos escuros.
Sento sozinho e fico observando o jeito que ela dança mexendo elásticos coloridos para o alto, caindo e levantando numa velocidade às vezes impressionante. Talvez ela esteja no campo aberto esperando por mim e, certamente, sou eu seu único espectador.
Mas a história não termina assim sem desfecho. Carrego seus cabelos e olhos nos sonhos onde somos felizes juntos, sem as árvores, as borboletas e os coloridos azuis do céu azul. E também sem a realidade que insiste que o real é branco, uniforme e sem vida.

A Raiz , o Rótulo e a Identidade. - Xáxa Jagun 101116






                                             EXPRESSÃO DA ESPIRITUALIDADE II
Xáxa Aşé Jagun 

A Raiz , o Rótulo e a Identidade. 
Muito se ouve na boca do "povo do santo ", sobre qual Aşé ou Raiz se pertence , e sobretudo , qual a sua verdadeira relação com a sua Casa Matriz.
Contudo , o que se percebe é um anseio de se atrelar à uma renomada Casa de Candomblé , e desse modo poder ostentar um "rótulo" que abalize seus atos e sua conduta.
Raiz e Matriz têm o mesmo sentido , ou seja , indicar a origem de um indivíduo ou de seu Clã , não sendo atestado, tampouco , outorga para que possamos realizar qualquer tipo de ato religioso sob o nome do Aşé que descendemos.
Realizar obrigação em um determinado Aşé tradicional , não capacita ninguém a se dizer seguidor dos dogmas e diretrizes daquela Casa.
Não há valia em fazer parte de um Aşé tradicional , se você não aprendeu nada sobre aquela Casa, sobretudo , quando outras pessoas conhecem o rito religioso dali , e sabem que você não pratica absolutamente nada.
O Rótulo adquirido aos olhos dos incautos , pode causar certo deslumbramento , todavia , a falta de Identidade com a Casa de Aşé , não irá prosperar com o passar do tempo.
Selfs , postagens e afins , são a falsa impressão de intimidade com a Casa de Candomblé , pois , quando for indagado sobre qualquer assunto da badalada Casa , por mais singelo que seja , você não saberá responder , simplesmente pelo fato de que você não possui identidade com o aludido Aşé.
Se vangloriar de pertencer à uma tradicional Casa Matriz , ainda que da 4° geração , não acumula bônus espiritual , moral ou ético , pois, sempre haverá alguém que conheça e saiba de fato , as "aguas turvas " por que passou , caindo por terra os seus artifícios de se enaltecer atrás de um pseudo Rótulo.
Portanto , não se valha do que não lhe pertence , pois o tempo e a verdade são implacáveis.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

FLÁVIO KOSTA POÉTICA - EXU 91116



                                           EXPRESSIVIDADE EXU

Aquele que é belo e poderoso como uma coroa real.
Que tem dendê na boca para harmonizar as coisas.
Ele que se recusa a levar o ẹbọ do homem falso.
Èṣù, o Bondoso, nós o conhecemos,
Sabemos que não se pode ter dinheiro sem antes separar a sua parte.
Èṣù, o Venerável, cujo o sagrado nome é levado para todos os cantos.
Nós o saudamos e suplicamos as suas bênçãos, hoje, amanhã e sempre..."
*Trechos de Oríkì ao Irúnmọlẹ̀ Èṣù
A vida é feita de escolhas, atitudes, decisões. Sendo assim, somente os "tolos" , ou aqueles que no calor das emoções utilizam essas ferramentas de qualquer forma.
O Sábio, antes de qualquer coisa, analisará, o silêncio em muitos casos será sua resposta!
Que Èşú nos ajude a escolher a melhor chave! Para que ao abrirmos tenhamos êxito em nossa empreitada!
"Flávio kosta"

BABALORIXA ODETOKAN T'ODE - POÉTICA EXU 81116





                                              EXPRESSIVIDADE EXU

EXU: RESISTIR COM OUSADIA
Disseram que eu era o Diabo. Mario Cravo esclareceu: Não sou diabo nem santo, sou Exu! Muito prazer! Não ligue para o que dizem a meu respeito, tudo mentira! Quem pode me definir se sou a própria contradição? Nem bom nem ruim, Nem quente nem frio, Nem sombra nem luz! Mas não se engane, não sou meio-termo. Sou tudo e não sou nada! Ousadia é meu nome. Estou sempre pronto, pra luta ou pra farra. Experimentei o melhor da vida, e gostei! Se me disserem que é impossível, vou e faço. Se me pedir, eu dou. Se me agradecer, eu retribuo. Se me der, eu aceito. Se me negar, eu tomo. Aos meus, ensinei a rir da própria sorte, a ter esperança, a acreditar pra ver. Se a vida vai mal, sambo e esqueço. Se vai bem, sambo e festejo! Já te disse meu nome? Sou Exu! Muito prazer! Sou resistência do povo negro: ousando sobreviver, morrendo e renascendo todos os dias sem nunca perder a alegria.

FERNANDOCOLEHO POÉTICA 81116




                                            EXPRESSIVIDADE IKU

O SUS matou dona Maria José. 
O ministro da Saúde matou dona Maria José. 
Os burocratas das prefeituras e dos governos matam as pessoas, humildes, pobres, sem atendimento médico. 
O Brasil matou um rio. 
O único país que conseguiu esta façanha dos quase 200 reconhecidos pela ONU. 
Somos mesmo uma nação? 
Cadê os protestos dos jovens, dos adeptos de partidos políticos, dos puxa-sacos de autoridades tacanhas? 
É necessário desmilitarizar o Brasil. 
É urgente tirar a patente de guerra da Policia Militar. 
Onde anda o povo brasileiro?

JOÃOMENDONÇA POÉTICA II 81115



                                         
                                          EXPRESSIVIDADE OGUN MARINHO
                                         
Deus ouve os sonhos dos homens. Em todas as épocas os sonhos são idênticos, homens que nascem e morrem o tempo todo interligados pela mesma necessidade divina.
Comumente esse sonho brota minúsculo no pequenino coração da criança. Ela molha os pés na chuva e também corre afoita simplesmente para alcançar o chamado da imaginação.
As esperanças nascem e aos poucos o mundo se abre. Cada um que grita ouve o próprio eco. E quem segue a voz nunca tem certeza aonde vai, mas sabe bem que ir é antes de tudo viver.