EXPRESSÃO DA ESPIRITUALIDADE
TATA TAUA
Considero-me uma pessoa otimista em se tratando do culto de matriz Kongo/Angola e sua readaptação no Brasil. De repente vejo algumas declarações exposta no YouTube na qual alguns expoentes em suas falas nos levam a acreditar que, o que denominamos de Candomblé tem mais alguns anos de sobrevivência e ACABOU!
Em plena evidencia encontra-se o Programa MESA DE OGANS que proporciona aos entrevistados a oportunidade de dizer quem somos e quem seremos, alguns no ego da empolgação ao invés de expor o óbvio, trazem a tona a odiodisincrasia com ironias sem sentido. Falam de suas casas e origens dando a entender que a verdade está apenas dentro de seu templo, esquecem que os vários troncos Kongo/Angola no Brasil, rezas, cantigas e alguns procedimentos internos divergem, porém somos irmãos. Quem leu ou tem em sua Biblioteca o Livro ART AND HEALING OF THE BAKONGO (ARTE E CURANDEIRISMO DOS BAKONGO), vai encontrar o que Laman, através de seus informantes (todos de origem Kongolesa) afirmam: há tantos minkisi tal qual a quantidade de doenças no Universo, falam em preservação sem se preocupar com o precioso resgate, até porque alguns de nossos avoengos impedidos pela famigerada repressão não tiveram a oportunidade de expor tudo que aprenderam e vivenciaram.
No livro de autoria de mestre Didi denominado: Breve História do Terreiro Denominado Sociedade Beneficente Cruz Santa Opo Afonja, quando Mãe Aninha estavas prestes a partir para o Orun pronunciou algas palavras em Yoruba, para quem estava presente, percebendo que não entenderam disse, “ não sabem o que perderam”.
Parabenizo a entrevista do Tata Zingue Lumbondo(Xuxuca) dada ao programa Mesa de Ogans pois, em nenhum momento citou algo pejorativamente a qualquer Estado ou pessoas. - Infelizmente não posso dizer a mesma coisa com relação ao depoimento do querido amigo e irmão Kajiongongo quando se refere a São Paulo com um certo desdém, se refere a inventores do Candomblé, esqueceu que São Paulo abriu as portas para muitas pessoas de Ketu, Ifon, Jeje, Angola e etc., pessoas como as saudosas Samba dia Mungu, Negukui, Mazakele, Mãe Rosinha, Mãe Bida, Pai Valdomiro da Sango, Pai Bobo, Pai Percio de Xangô, Ogan Caboclo e tantos outros (as) que deixaram no referido Estado e adjacências ensinamentos oriundos do verdadeiro culto a Nkisi, Orixá e etc. Não bastasse os nomes citados, temos casas e pessoas sérias que estão ligadas ao Kupapa Unsaba dirigido pela memorável Mãe Mabeji, cuja presença é notória nas referidas casas, são tantas as rezas e cantigas que não há espaço para invenção.
São Paulo também acolheu os que fazem por amor ao Nkisi e os que visam lucros exorbitantes, abrigou também os ditos cultuadores da nação JEKETU'MBANDANGOLA, ou seja, os ditos Angoleiros que diz iniciar Iansan do Balé, Ogum de Ronda e etc. Meu nobre Tata Kajiongongo sabe a que e a quem me refiro. Esqueceu de citar algumas pessoas que procuram fazer o melhor em prol do Candomblé Kongo/Angola. A quem de direitos possa interessar, em São Paulo e adjacências, existem casas onde se ensina Educação Espiritual, onde se ensina Muxakade, Azuele, Lê Lê, Konze Ua Manfu, Kibuku, Cantigas, Ngoloxi e seus devidos sentidos, a quem de direitos possa, "na dúvida é só conferir". Compete-me informar que o Professor NIYI TOKOMBO MON´A-ZAMBI em outubro deu inicio na USP ao curso da Língua Kimbundu. O Sr. JUSTES AXEL, Kongolês SAMBA TOMBA, GRADUADO em Historia, hoje é membro do ILA BANTU NZO TUMBANSI, e segundo as informações advindas do dirigente do referido Terreiro TATA KATUVANJESI, projeta-se para o próximo ano a implantação de curso de Língua Kikongo. Em tempo: na década 50/60 tivemos a dádiva de ter em nosso convívio o Angolano EUGENIO FELICIO CORREA (TATA KIKWIZA) o qual nos proporcionou lições de Kimbundu e Kikongo e ensinamentos do culto a NKISI, homem digno e portador de vasto conhecimento do culto de Matriz Kongo/Angola, que inclusive conheceu Gregório Makwende, Manoel Nkosi, Maladianzambi, Mariquinha de Lemba, Seu Bernardino, seu Ciriaco, Mãe Raquel de Sambaituba e tantos outros do recôncavo baiano. Lamentamos sua morte a qual se deu em 15 de agosto de 1961, Sul da Bahia, portanto nas proximidades do habitat de nobre irmão e amigo Kajiongongo.
No livro de autoria de mestre Didi denominado: Breve História do Terreiro Denominado Sociedade Beneficente Cruz Santa Opo Afonja, quando Mãe Aninha estavas prestes a partir para o Orun pronunciou algas palavras em Yoruba, para quem estava presente, percebendo que não entenderam disse, “ não sabem o que perderam”.
Parabenizo a entrevista do Tata Zingue Lumbondo(Xuxuca) dada ao programa Mesa de Ogans pois, em nenhum momento citou algo pejorativamente a qualquer Estado ou pessoas. - Infelizmente não posso dizer a mesma coisa com relação ao depoimento do querido amigo e irmão Kajiongongo quando se refere a São Paulo com um certo desdém, se refere a inventores do Candomblé, esqueceu que São Paulo abriu as portas para muitas pessoas de Ketu, Ifon, Jeje, Angola e etc., pessoas como as saudosas Samba dia Mungu, Negukui, Mazakele, Mãe Rosinha, Mãe Bida, Pai Valdomiro da Sango, Pai Bobo, Pai Percio de Xangô, Ogan Caboclo e tantos outros (as) que deixaram no referido Estado e adjacências ensinamentos oriundos do verdadeiro culto a Nkisi, Orixá e etc. Não bastasse os nomes citados, temos casas e pessoas sérias que estão ligadas ao Kupapa Unsaba dirigido pela memorável Mãe Mabeji, cuja presença é notória nas referidas casas, são tantas as rezas e cantigas que não há espaço para invenção.
São Paulo também acolheu os que fazem por amor ao Nkisi e os que visam lucros exorbitantes, abrigou também os ditos cultuadores da nação JEKETU'MBANDANGOLA, ou seja, os ditos Angoleiros que diz iniciar Iansan do Balé, Ogum de Ronda e etc. Meu nobre Tata Kajiongongo sabe a que e a quem me refiro. Esqueceu de citar algumas pessoas que procuram fazer o melhor em prol do Candomblé Kongo/Angola. A quem de direitos possa interessar, em São Paulo e adjacências, existem casas onde se ensina Educação Espiritual, onde se ensina Muxakade, Azuele, Lê Lê, Konze Ua Manfu, Kibuku, Cantigas, Ngoloxi e seus devidos sentidos, a quem de direitos possa, "na dúvida é só conferir". Compete-me informar que o Professor NIYI TOKOMBO MON´A-ZAMBI em outubro deu inicio na USP ao curso da Língua Kimbundu. O Sr. JUSTES AXEL, Kongolês SAMBA TOMBA, GRADUADO em Historia, hoje é membro do ILA BANTU NZO TUMBANSI, e segundo as informações advindas do dirigente do referido Terreiro TATA KATUVANJESI, projeta-se para o próximo ano a implantação de curso de Língua Kikongo. Em tempo: na década 50/60 tivemos a dádiva de ter em nosso convívio o Angolano EUGENIO FELICIO CORREA (TATA KIKWIZA) o qual nos proporcionou lições de Kimbundu e Kikongo e ensinamentos do culto a NKISI, homem digno e portador de vasto conhecimento do culto de Matriz Kongo/Angola, que inclusive conheceu Gregório Makwende, Manoel Nkosi, Maladianzambi, Mariquinha de Lemba, Seu Bernardino, seu Ciriaco, Mãe Raquel de Sambaituba e tantos outros do recôncavo baiano. Lamentamos sua morte a qual se deu em 15 de agosto de 1961, Sul da Bahia, portanto nas proximidades do habitat de nobre irmão e amigo Kajiongongo.
Quando da participação em um Congresso no decorrer de minha trajetória, realizado em Salvador demos de encontro com a pergunta: “ANGOLEIROS CADÊ A TUA LÍNGUA”? Repito o que escrevi em outras oportunidades: "PARA UM MELHOR AMANHÃ, SUGIRO DARMOS AS MÃOS, POR QUE PELO SANTO BEIJAM-SE AS PEDRAS, UNIDOS SEREMOS FORTES", DEIXEMOS DE LADO O EGO DA SABEDORIA PORQUE QUEM SABE TUDO É NZAMBI, AQUELE QUE CRIOU A SI E A TODOS.
*FINALIZO AFIRMANDO QUE SÃO PAULO TEM VENTRE BOM E RUIM TANTO QUANTO OS DEMAIS ESTADOS DO NOSSO IMENSO BRASIL*.
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