Expressividade Apaoka Màá
ODU LOSE RE: 6/12.11.16 (Signo da semana)
Agbarare Ogbirin – Poder Feminino do Universo.
ORISA: APAOKA MÀÁ
JUGBA: MOJUGBA APAOKA MÀÁ! (Minha
saudação à Deusa do saber das arvores femininas grandes).
Soro (Falando):
ODU: ORI GBURUKU OYEKU OKARA, OYEKU OKARA = “A
cabeça má, morre no Aiye e morre no Orum”
ITÀÁ: “É uma vergonha morrer no mundo
dos vivos e no mundo dos mortos!”
Na localidade chamada KABOTO (corruptela
de AGBOTO, nome de qualidade do ORISA OSUM, Senhora do saber das infusões,
banhos, chás e todos os tipos de beberagens medicinais) pertencente ao Recôncavo
Baiano, existiu um antiquíssimo candomblé IJESA o ILE ASE AGBOTO OMIDAIYO, que
era o único nessa localidade de pescadores e que toda a comunidade dele fazia
parte direta ou indiretamente.
Esse terreiro tinha por IYALORISA Mãe Sinfrônia, que era muito querida e
prestigiada por todos do Egbe (Comunidade).
Certo dia Mãe Sinfrônia foi procurada por VITUTIN POLI GBOJI (Sétimo do seu
barco de iniciação, sendo filho do VODUN, POLIGBOJI, Nação Jeje Mahin), que
estava pressentindo que IKU (A morte) estava no seu encalço e queria saber se
ainda tinha algo a ser feito.
Mãe Sinfrônia lançou o DILOGUN na peneira, não obtendo resposta alguma,
nenhum ORISA quis responder, nem mesmo POLIGBOJI o VODUM do consulente.
Mãe Sinfrônia ficou desesperada, pensou que o seu ASE, estava “queimado”
ou o seu “encanto quebrado”, que tinha caído em desgraça com os ORISA.
Ela resolveu lançar mão de recurso extremo, que tinha presenciado quando
ainda era criança, lá no “TUNTUN” (o
mais antigo terreiro de culto a EGUNGUN da ilha de Itaparica).
Então, clamando por OSALA, por IYEMANJA e por OSUM AGBOTO a sua Mãe,
jogou-se no solo e lambeu a terra por sete vezes, voltando ao jogo em seguida,
quando o ORISA APAOKA MÀÁ respondeu, apresentando o ODU: ORI GBURUKU OYEKU
OKARA, OYEKU OKARA = “A cabeça má, morre no Aiye e morre no Orum”.
ORISA APAOKA MÀÁ disse ainda que “É uma vergonha morrer no AIYE e morrer
no ORUM, ou seja morrer no mundo dos vivos e não ser aceito no mundo dos
mortos.
O VODUNSI (Filho de Vodun) consulente, tratava-se verdadeiramente de um temido
AGBA ASIKA (Velho malvado), que devido as suas maldades cruéis, estava
abandonado por VODUM, ORISA, NKISE e demais entidades espirituais, isto
acontece com muita frequência e não é percebido. O seu espírito estava rejeitado,
restando-lhe uma dissolução rápida e reintegração à energia do Universo.
Mãe Sinfrônia fechou o jogo e despachou o consulente fazendo EGBO para
EWA (Deusa da percepção) para que o sujeito, nunca mais na sua vida encontrasse
a direção do terreiro dela. Em seguida
foi restaurar o ASE da casa, que ficou bastante abalado, com a presença de um
ser humano que não tinha ELEDA (ORISA).
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