sábado, 18 de fevereiro de 2017

JULIOBRAGA POÉTICA:



Viver ilusões, dádiva do livre arbítrio.
 Sonhos adquiridos por empréstimo com juros inflacionados. 
Agora vejo, não tem jeito de tê-los de outro modo dado. 
Pode até acontecer no plano do real, mas inflação dos temores esgota intenções atropeladas pelos juros altos da dívida contraída. 
Pagarei com juramento e correção de carinho por conta do meu afeto aplicado. 
Aguardo parceria nesse negócio do peito ou fecharei, para sempre, a franquia do meu leito e viverei só com meu sonho não realizado. 
Move-me a intenção de abrir brechó, vender ilusões que restaram pelo preço unitário de um e noventa e nove, como se faz em liquidação de mercado.

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