JULIOBRAGA POÉTICA 32.3.17

Canto meu canto no meu canto. 
Choro meu pranto e, no entanto, vivo sempre a cantarolar. 
Vida uma composição musical; uns sabem no violão tocar. 
Outros violam a composição. 
Uns tocam como virtuosos. 
Outros apenas nem se tocam. 
Uns tocam pra frente sem Dó. 
Outros nem levantam do Só/Fá. 
Outros parecem que andam de Ré. 
Uns só pensam em dor/mi. Outros vivem quase Sós. 
Uns nem chegam até Lá. 
Outros nem sabem cantar. 
Eu que não sei nada disso, viajo numa Tocata e Fuga em Ré menor de Johann Sebastian Bach.

ODU L’OSE 26/3/17 A 1º/4/2017

ODU L’OSE 26/3/17 A 1º/4/2017

Agbarare Meje = Poder bigênero

Orisa: OSALA OSALUFÀÁ

ODU:

OTURA ETAWAMEJILA NY OYEKU OKARA =

A ESCRAVIDÃO A PESSOA, MESMO QUANDO POSITIVA, LEVA Á MORTE NEGATIVA.

Jugba: Mojugba Gbagba OSALUFÀÁ, EPA EPA. =

Minha saudação pai, Senhor do saber da ancianidade.

ODU L'OSE RE 19 a 25/3/2017

ODU L’OSE 19 A 25/3/2017

Agbarare Meje = Poder bigênero

Orisa: OSAIYN ORUN DIDUN Ewe Orun Didun: É o Senhor do saber das folhas perfumadas.

Odu:

IROSUN ALAFIA RERE TY IWORY EJILA RERE =

“SONHOS BONS, INTELIGÊNCIA MELHOR AINDA”.

Jugba: Mojugba Gbagba OSAIYN, EWE O! = Minha saudação ao Deus Senhor do saber das folhas perfumadas.

JULIOBRAGA FILOPOÉTICA15317

Indesculpavelmente eterno apaixonado pela vida. 
Curo com ebó de alegria feridas de cada dia. 
Livro-me, exulto, dos desencantos, sem pranto vou além da agonia. 
Encontro em qualquer canto, na onda do mar, no céu estrelado, acalanto que preciso tanto para superar maresia dos cruciais devaneios cheios de vazios. 
Arreio os vazios na maré de vazante, com murmúrios de loas à Sereia, Rainha do Mar. 
Rendo graças à Senhora dos Ventos que trazem alento à caminhada. 
Abro a janela, vejo restos de lua do quarto minguante, cedendo lugar ao novo dia. 
Viajo feliz no tempo de Tempo sem tempo, com a calma do mundo, sem medo do enredo de Iami Oxorongá. 
Risco cruz no chão, sigo caminho de Ogum traçado no Odu de Ifá Orumilá.