quarta-feira, 15 de março de 2017

JULIOBRAGA FILOPOÉTICA15317



Indesculpavelmente eterno apaixonado pela vida. 
Curo com ebó de alegria feridas de cada dia. 
Livro-me, exulto, dos desencantos, sem pranto vou além da agonia. 
Encontro em qualquer canto, na onda do mar, no céu estrelado, acalanto que preciso tanto para superar maresia dos cruciais devaneios cheios de vazios. 
Arreio os vazios na maré de vazante, com murmúrios de loas à Sereia, Rainha do Mar. 
Rendo graças à Senhora dos Ventos que trazem alento à caminhada. 
Abro a janela, vejo restos de lua do quarto minguante, cedendo lugar ao novo dia. 
Viajo feliz no tempo de Tempo sem tempo, com a calma do mundo, sem medo do enredo de Iami Oxorongá. 
Risco cruz no chão, sigo caminho de Ogum traçado no Odu de Ifá Orumilá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário