Nunca mais devo entrar no túnel azul. Sei que nunca entrei em túneis de outras cores, mas o azul eu conheço e nele não entro mais. Já sei. A mesma necessidade que tenho de ir ao mesmo bar permanecerá viva pulsando inquieta dentro do meu coração.
Vou beber. É no bar que todas as resoluções que nunca vou executar são formuladas. Mas não entro no túnel azul. O túnel esconde as maldades da noite mal dormida, dos gastos excessivos e arrependimentos logo depois que se acorda sem água no filtro.
Vamos amigos. Vamos juntos ao espaço onde reuniremos todos os esquecidos. Formular teorias comprovadas pela concórdia dos nossos olhos. Celebrar a data certa que nada tem a homenagear. Andar pelos caminhos tortuosos dos grandes conflitos de opiniões.
Esquecer os defeitos das cadeiras de madeira que massacram o bumbum sustentador da etílica levitação. E finalmente deixar o túnel azul sem quaisquer passageiros, novos ou velhos, ricos ou pobres, alegres ou tristes, vestidos ou nus, bêbados ou sóbrios.
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