Se
há realmente alguma dúvida de que é bom ter dúvidas não abra de forma alguma os
livros que pretendem explicar o inexplicável. Eles estão cheios de grandes
verdades e convencem bem os incautos porque foram feitos com muito cuidado,
atenção e carinho. Abra o livro do dia a dia, esse sim imperfeito, improvisado
e imprevisto.
O
livro da vida se faz andando na rua, observando os malucos, tomando café ao
lado do empresário falido e lendo o jornal de trás pra frente só pra constar.
Assim colecionam-se infinitas dúvidas e é importante cultivá-las simplesmente
para estimular o tesão de nunca se assegurar se as íntimas perguntas um dia
enfim se elucidarão.
Esses
livros são os principais redutores do tamanho enorme dos questionamentos
espontâneos. Respondem todas as perguntas que jamais foram feitas, esclarecem o
que ninguém está incomodado de desconhecer e, pior ainda, estão cheios de
palavras que ficariam mais bonitas se estivessem desarrumadas numa cesta velha
de piquenique.
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