Erraria mais se insistisse no erro. Desisti no momento correto e muito seguro viajei ao futuro hoje. As calçadas nem perceberam que eram os mesmos pés antigos que pisavam firme. Tive uma certeza plena de que nunca mais encontraria os fantasmas de sempre.
No parque havia crianças brincando e outros pequenos assaltantes muito bem escondidos. Inúmeras crianças de origens opostas. E por mais que eu temesse o encontro com o passado sabia perfeitamente que o intervalo entre a lucidez e a loucura seria extremamente longo.
Assim me senti confortavelmente seguro porque, mesmo que despertasse da claridade e entrasse fundo na escuridão, o sol demoraria ainda para se pôr. Soube depois que cavalos e homens armados rondavam o parque mesmo com a ponte toda destruída.
Seria bom gritar pedindo socorro. As ambulâncias estavam em manutenção. O jogo de cores misturavam-se na tarde e os pais e mães nem desconfiavam que muitos olhares procuravam o alvo e a armadilha poderia ser montada para atrair desesperados como eu.
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