sexta-feira, 11 de novembro de 2016

JOÃOMENDONÇA POÉTICA 111116







                                                      EXPRESSIVIDADE POÉTICA
Ah, os limites! Quem são vocês? Tenho medo não. Vou seguindo até a entrada escura do depósito sujo pegar mais cervejas. Vou pra Turquia explicar aos turcos que o mundo começa onde o deles termina. Vou ouvir no rádio um cantor chamado Nelson do Brega e ansioso esperar pelo seu show na minha cidadezinha de 25 mil habitantes.
Nada pode impedir a liberdade de se imaginar a poesia impossível. Existe uma poesia impossível de se fazer. É aquela que tenta descrever o estado de felicidade específico. Que pretende explicitar a felicidade particular de uma pessoa que raramente foi tão feliz. Não existe poesia para algo tão grande. O poeta não beija essas palavras.
A vida é programada para ser aquilo que imaginamos que ela será. Por que cai um poste bem instalado? Por que o que há de melhor é dado pra menina dos lindos olhos negros e nada a anima? Apostamos nas relações duradoras e um dos parceiros desiste porque o guarda-chuva não abriu e um banho de chuva acidental mudou sua vida.
Ah Jesus, não volte não! Deixe a gente descobrir os acertos errando. Mas, por favor, também conceda a chance da virada triunfal no último minuto de jogo... Desisto. Desisto de ter medo da morte porque eu sonho e o sonho é uma pequena dália que cresce, fica bonita, e só ela mesma nota sua vasta beleza.

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