domingo, 22 de janeiro de 2017

JOÃOMENDONÇA POÉTICA



O ponto ao qual chegamos é o inicio de nossa destruição. Isso seria bastante ruim se não soubéssemos reconstruir. Mas se se perder a esperança, aí tudo retorna ao ponto do não, o tempo remoto onde nem havia o sol.
Era um simples pontinho que brilhava sem saber que cresceria porque crescer de forma plena é, antes de tudo, a capacidade de acreditar em tudo que se tem. Acreditar em tudo mesmo que seja minúsculo.
O raio timidamente modelava raízes férteis que se alongavam como flechas nos espaços vazios. O buraco foi sendo preenchido no tempo que começava, segundo por segundo, até a formação da primeira rocha.
Era um quase nada, mas que existia. A coisa mais mínima é a mais compacta e concisa, tão concentrada que numa hora explode o núcleo de matizes. Até a separação das cores criar vidas e fazer nascer a fé no acreditar.

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