terça-feira, 31 de janeiro de 2017

JULIOBRAGA POÉTICA - Saudade doi.31.1.17



Saudade dói bem dentro, mas que não se sabe bem onde. 
Ardente prende como se a vítima fosse morrer por falta de ar. 
Naufragado nas lembranças, suspira fundo e ofegante, sofre com a coisa lembrada. 

Duro trocar o que se viveu pela semântica enganosa que traz para o aqui e agora o que passou, mas que ficou em algum lugar instalado. 
Bole na alma da gente como se sombra fosse possível retratar verdade através da mentira contida na leitura revista e aumentada, ou não, do vivido com intensidade, em priscas eras, em outras idades. 

A narrativa está quase sempre prenhe do que não foi vivido verdadeiramente.
É tarde, muito tarde!
Saudade pode também refletir o que falta hoje em nossas vidas. 
Lembrar do que se foi parece preencher, em termos, urgentes necessidades, nesta hora, no aqui e agora, sentidas.

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