sábado, 22 de outubro de 2016

FARODE D'OSOSI POÉTICA.231016



a palavra tem poder, e a de oxún, hoje diz pra que tenhamos felicidade, realizações, saúde, amor, e paz, e que sejamos absurdamente felizes, tenha um fim de semana maravilhoso, fica com deus, e seja muitíssimo bem vindo a minha pagina de novos amigos, que a sua vida seja fartamente abençoada por todos os deuses da criação, da manutenção, e da evolução espiritual, que não haja sofrimento, porque sofrimento é optativo, e se é pra fazer escolha, faça pela mais correta...ser feliz...o pensamento primitivo vê uma conexão entre os mortos enterrados no solo, e a vegetação que dele aflora, com osíris, deus egípcio dos mortos que é também uma divindade da vegetação como demeter e perséfone, mãe dos grãos na grécia, ou seja cevada e trigo, talvez o mais antigo dos cereais cultivado pela raça ariana. mãe dos grãos ou da cevada na grécia antiga, identificada no foclore da europa moderna, na alemanha o cereal é comumente personificado sob o nome da mãe dos grãos que tem um papel importante nos costume relacionados a colheita, acredita-se que ela esteja presente no ultimo punhado de cereal que fica em pé no campo. e ao ser ceifado, ela é colhida, expulsa, ou morta, no primeiro caso, colhida, o ultimo feixe é levado alegremente para casa, e recebe honras, de ser divino, é colocado no celeiro, e na debulha, o espírito dos grãos volta a aparecer, na rússia, como em outros lugares, o ultimo feixe, é com freqüência, modelado na forma de uma mulher, ornado com laços, em formas bem feminina, é levado alegremente para casa ao som de cânticos e danças. já os búlgaros, com o ultimo feixe, fazem uma boneca que chamam de rainha ou mãe dos grãos, levada em procissão por toda aldeia, é em seguida levada ao rio para a segurar abundancia de chuvas e orvalhos para as próximas plantações, ou então, ela e queimada, e as cinzas espalhada pelos campos, sem duvida para fertiliza-lo, o espírito dos grãos que fogem dos ceifadores a medida em que estes vão cortando as espigas maduras, deixa o cereal colhido, e refugia-se no celeiro, onde reaparece no ultimo feixe debulhado, seja para perecer sob os golpes da mão do pilão, ou para fugir dali para o cereal ainda não malhado de uma fazenda próxima, e este ultimo cereal a ser malhado, é chamado de mãe dos grãos, rainha dos grãos, velha, em geral o espírito dos grãos maduros é considerado velho, daí os nomes, mãe do grão, velha, e etc, no culto yorubá, há o deus da agricultura, chamado orisá okó, ligado a colheita dos novos inhames e a fertilidade da terra, um tipo robusto e majestoso, um guerreiro maduro e viril, de temperamento severo, que usa um cajado de madeira lembrando sua relação com a arvore, e uma flauta de osso, de conotação fálica, que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade, também conhecido como etekó, inquieto, lejugbé, indeciso, sendo uma qualidade dóxalá, é concebido como antigo, muito velho, relacionado as arvores, associado a origem da vida, em particular, ao irokó, ao akókó, cujo tronco unem nosso mundo ao alem, o tronco destas arvores representam os antepassados masculinos, sendo um orisá funfun, a cor branca que contem todas as cores, exprime a idéia do ser indiferenciado e imóvel, e é representado pelo alá, o grande lençol branco que esconde o mistério da vida e da morte, principio masculino e feminino, talves o alá seja o mesmo lençol branco, que na comunidade de saligne, na frança, a mulher do fazendeiro, é colocada juntamente com o ultimo feixe, e levada em procissão ate o pilão, em seguida retiram o cereal que é socado, enquanto a mulher é jogada para o alto no lençol, como se estivesse sendo peneirada, a presença da mulher neste costume, nos leva a pensar em odudúwa como parte integrante da colheita para o povo yorubá, sendo esta a própria terra, o grande útero materno onde tudo brota, implícita de dualidade, a que recebe o corpo pós morte, e a que proporciona a nova possibilidade de vida a partir da matéria diferenciada. como nanán para os fon, divindade da terra, da água e da lama, matéria prima donde tudo nasce, uma divindade que reina nos pântanos e na água doce, e que quando manifestada, dança ajoelhada no chão esfregando as mãos na terra, como se semeasse grãos ou amassasse os inhames, propicía a abundancia e a prosperidade. chamada carinhosamente de “a velha”, a vó, e está associada á maternidade tanto como a morte, pois o corpo do homem, volta a lama de que fora criado. ela usa dois colares de búzios, o brajá, cruzados ao peito que evoca a idéia da união dos dois sexos, do passado, representado pelas costas, e do futuro associado a frente e ao peito, e simbolizam o principio da continuidade das gerações. encontro nestes estudos, uma total associação entre as divindades do grão, egípcia, européia, orientais, quanto da america, com as divindades yorubá e fon, todas relacionadas à semeadura colheita e manutenção da espécie. é claro que não posso e nem devo enfatizar esta ou aquela divindade yorubá, como sendo a verdadeira mãe do grão, pois todas aqui citadas, são implícitas de dualidade, que se apresentam em cada região onde é objeto de culto, de acordo com o mágico poder de transformação que elas possuem, a exemplo de iyewá, divindade antiga que participou do principio da criação a quem coube a responsabilidade semear a terra, e que horas é tida como velha e feia, jovem e bela, mulher mágica que ludibriou a morte, e que como nanán, tem a responsabilidade de transformar e redistribuir os elementos básicos á decomposição dos seres, ou seja, a grega demeter seria nanán, seria a colheita madura, enquanto perséfone e iyewá seriam a semente tomada dessa colheita e transformada em nova espiga na proxima semeadura. tanto osíris quanto orixá okó, podem e devem ser senhores da morte quanto da vida, pois a enxada feia que cava a vala fúnebre transforma-se na enxada bela que sulca a terra para receber as sementes, que irão se transformar em cereais tão importantes nos ritos-sacros dos cultos afro-brasileiro, quer seja nos grãos de milho, na contagem das folhas no ritual de sasayin, nas espigas pendentes das portas de terreiros, casas, e cozinhas para que haja fartura, nas oferendas, e nos ebós, os mais variados, na iniciação, nas obrigações de bori, nos ritos fúnebres, iguarias servidas do olubajé, ou mesmo nas bolas de inhame amassado pela sacerdotisa, que vai retirando pequenas poções de dentro do pilão, que foi trazido numa charola enfeitada como numa procissão, e esta bola é recebida pelo fiel, que leva a cabeça ao chão em respeito à divindade, objeto central da festa dos inhames novos, ao pilão, que transformou a semente em massa, e a a “mulher”que neste momento é a mãe do grão, que transforma a massa em bola de inhame, que se transforma em axé no momento que é recebido pelo fiel, esta obrigação é realizada no 3º domingo de setembro, na primavera, assim como começamos relatando os costumes primaveris dos camponeses europeus, vejo-me obrigado a perceber grandes semelhanças com os rituais sacros afro brasileiro, podemos concluir que estas procissões em louvor ao cereal, tinham por toda parte um significado serio, e sacramental, acreditando-se que o deus do grão, ou mãe do grão, ou senhor da agricultura, ou da vegetação estaria presente invisível na espiga, no ultimo feixe, ou na massa do inhame, ou nos grãos do ebó doxalá servido em pequenas porções por mulheres bem vestidas de branco durante as cerimônias. ao que indica que em nenhum outro lugar, esses ritos foram celebrados de forma mais generalizada e solene, que no brasil, bom final de semana pra ti, não esqueça, ainda que esteja tudo bem, o melhor ainda está por vir...

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