quarta-feira, 12 de outubro de 2016

JOÃO MENDONÇA POÉTICA 10/10/16




Há uma inclinação para ler o outro o mais rápido possível. E mal se senta ao lado do desconhecido na mesa do bar e aquilo que o outro é se forma rapidamente no imaginário da super mulher inteligente.
Nem precisa mais ficar no bar porque o cidadão estudado não serve para absolutamente nada. Ele se junta a outros tantos reprovados nas rápidas e certeiras inquisições feitas com tanta gente boa.
Acumulam-se decepções e a procura pelo outro perfeito continua sem trégua. Certamente não é o homem que vende coco nem aquele amigo cansado que promete inúmeras oportunidades de nova vida.

E um dia ele vai ser encontrado e a busca terá um fim até começar outra busca desesperada lhe perguntando o tempo todo por que ele não é mais perfeito do que é, só mais um pouco, um pouquinho só.

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