quinta-feira, 13 de outubro de 2016

JULIOBRAGA POÉTICA 131016

Não há de ser nada, pensar o que é de bom; um naco de Mônaco. Uma noite em Saighon. Gastar em Las Vegas... Sentir frio em Dubai. Banhar-se no Leblon. Ouvir um bom Tom. Lembrar de meu pai. Dançar um sonho de valsa numa praça em Viena. Acordar em outra era ao lado de Dinossauro no Jurassic Park e sair de cena. Pegar o metrô na Ribeira e descer em Lauro de Freitas. Voltar a Guanajato "y besar una muchacha". Lutar ao lado de Emiliano Zapata. Escrever um livro sem errata. Tudo isto despertado na vontade do sonhar. Ler matutino sentado no trono de porta aberta, sem ouvir de ninguém; favor fechar a porta! Cerceando a liberdade de fazer a matutina leitura do jornal. Importa tirar o peso da consciência e com algum esforço escrever uma obra e ser, ao menos, poeta de esquina num Teatro de Arena.
(Revisitando)

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